Categoria: Acções de combate à corrupção Forma de divulgação: Notas de Imprensa
Hoje, 8 de Março, foi realizado um julgamento no Tribunal Judicial de Base relativo a um caso de extorsão ocorrido no Estabelecimento Prisional de Macau.
O Tribunal Judicial de Base julgou, hoje à tarde, um caso de extorsão ocorrido em 2000, no Estabelecimento Prisional, cujo processo foi instruído pelo CCAC. As pessoas envolvidas no presente caso, são os 9 réus (abaixo mencionados) e um ofendido (Wong Si Kwang), sendo, excepto um, reclusos daquele estabelecimento prisional:
1º réu, Cheong Hang Kong, extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 1 ano e 6 meses;
2º réu, Hui Tak Seng, extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 5 anso e 3 meses;
3º réu, Hung Keng Iek, extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 4 anos e 9 meses;
4º réu, Wong Hung Wai, extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 4 anos e 9 meses de prisão;
5º réu, Wong Wai (黃偉), extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 4 anos e 9 meses;
6º réu, Wong Wai (黃威), extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 4 anos e 9 meses;
7º réu, Ko Lam Tat, extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 4 anos e 9 meses;
8º réu, Cheong Weng Hong, extorsão qualificada, punido com a pena de prisão de 4 anos e 9 meses;
9º réu, Lei Sio Man, abuso de poder, absolvido.
Quando o nono réu (Lei Sio Man) entrava de serviço, abria o portão da cela, onde estava detido Wong Si Kwang, para deixar entrar os segundo a oitavo réus do mesmo piso, obrigando o ofendido, a participar em jogos de apostas e, assim, lhe extorquir dinheiro. Se o ofendido ganhasse os jogos, tinha que lhes pagar 10% do dinheiro "ganho"; o remanescente "dos ganhos" apenas era comunicado verbalmente (mas não pago). Se o ofendido perdesse, tinha que pagar de imediato todo o dinheiro, através da sua família. Para tanto, tinha que comunicar à família que depositasse dinheiro na conta bancária do 1º réu.
O ofendido foi extorquido de milhares de patacas, 3 vezes. Uma das vezes a extorsão foi superior a 10 000 patacas. De todas as vezes o dinheiro (para os réus) foi depositado na referida conta bancária.
Em Novembro de 2000, o ofendido foi mais uma vez extorquido, em 5 mil patacas, mas quando o primeiro réu (Cheong Hang Kong) foi levantar o dinheiro, foi detido pelo CCAC.
No julgamento o Juíz disse ao nono réu que embora tivesse sido absolvido do crime de abuso de poder, tal não significa que não o tenha praticado, mas sim que este resultado foi consequência da falta de provas.