Categoria: Relatórios Anuais Forma de divulgação: Notas de Imprensa
Em 23 de Março a Political & Economic Risk Consultancy (PERC) publicou o Relatório Anual de 2011 sobre corrupção. O relatório do ano corrente toma o "impacto da corrupção no ambiente empresarial" como tema, elaborando uma classificação com base em inquéritos de opinião junto dos entrevistados, sobre aquele tema. De entre os 16 países e regiões aí analisados, Singapura, Hong Kong e Austrália são os primeiros três melhores classificados. Em comparação com o ano anterior, o lugar de Macau sobe de oitavo para sexto, tendo em conta que baixou de 5,71 para 4,68 pontos. A pontuação varia entre 0 e 10 pontos, correspondendo a mais baixa ao maior nível de integridade.
Para elaborar o presente relatório, entre Novembro de 2010 e Fevereiro de 2011, a PERC inquiriu, através de carta e entrevista, mais de 1.725 empresários e trabalhadores expatriados e que investiram ou trabalham nos países e regiões abrangidos pela análise. Com base nos resultados obtidos quanto às opiniões e impressões sobre corrupção junto dos entrevistados relativamente ao país/região em que residem, procedeu-se à classificação da situação de corrupção e à publicação do relatório de análise.
Segundo o relatório, Singapura é o melhor classificado, com a pontuação mais baixa, 0,37, seguida de Hong Kong, com 1,1 e Austrália, com 1,39. Macau surge no sexto lugar na lista, com 4,68 pontos.
O relatório refere que existiram em Macau casos de prática de corrupção passiva por parte de altos funcionários públicos e que com a intervenção do organismo de combate à corrupção e do sistema de justiça, os casos em causa foram julgados publicamente e de uma forma transparente, resultado este que foi muito satisfatório e que permitiu mostrar à população a eficiência do sistema judicial. Todavia, até ao presente, as acções de combate à corrupção continuam a concentrar-se no sector público, ficando assim negligenciada a corrupção no sector privado. Foi mencionado também no relatório que a situação de Macau poderia ser única, já que poderiam estar mais investidores estrangeiros envolvidos do que o usual na corrupção no sector privado, o que poderia complicar a questão.
Referiu-se também no relatório que como o CCAC adquiriu o poder para investigar a corrupção no sector privado há pouco tempo, e que se Macau seguir o exemplo da Comissão Independente contra a Corrupção (ICAC) de Hong Kong, a partir da maior importância dada ao sector público, viria gradualmente a ser dada maior ênfase ao sector privado.
Em anexo: Lista de classificação do Relatório da PERC sobre corrupção, referente a 2011
Lista de classificação do Relatório da Political & Economic Risk Consultancy, referente a 2011
País/Região
|
2011
|
2010
|
||
Pontuação
|
Lugar
|
Pontuação
|
Lugar
|
|
Singapura
|
0.37
|
1
|
0.99
|
1
|
Hong Kong
|
1.10
|
2
|
1.75
|
3
|
Austrália
|
1.39
|
3
|
1.47
|
2
|
Japão
|
1.90
|
4
|
2.63
|
5
|
Estados Unidos
|
2.39
|
5
|
1.89
|
4
|
Macau
|
4.68
|
6
|
5.71
|
8
|
Taiwan
|
5.65
|
7
|
5.62
|
7
|
Malásia
|
5.70
|
8
|
6.05
|
9
|
Coreia do Sul
|
5.90
|
9
|
4.88
|
6
|
Tailândia
|
7.55
|
10
|
7.33
|
12
|
China
|
7.93
|
11
|
6.70
|
10
|
Vietname
|
8.30
|
12
|
7.13
|
11
|
Índia
|
8.67
|
13
|
8.23
|
13
|
Filipinas
|
8.90
|
14
|
8.25
|
14
|
Indonésia
|
9.25
|
15
|
9.07
|
16
|
Camboja
|
9.27
|
16
|
8.30
|
15
|
(Nota: A pontuação varia entre 0 e 10 pontos, correspondendo a mais baixa ao maior nível de integridade.)
Fonte de dados: Political & Economic Risk Consultancy Ltd.