Categoria: Acções de combate à corrupção Forma de divulgação: Notas de Imprensa
O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) deteve hoje (dia 20) dois indivíduos de apelido "Choi" e "Leong", sendo o primeiro guarda prisional efectivo e suspeito de aproveitar do cargo para efectuar a entrega de telemóvel e acessórios a um recluso de apelido "Wong", que lhe ofereceu 10 mil patacas, através daquele indíviduo de apelido "Leong", recluso libertado, como contrapartida. Este caso de corrupção, em que, além dos 3 indivíduos referidos, está envolvido mais um recluso de apelido "U", vai ser encaminhado para o Ministério Público brevemente.
O indivíduo de apelido "Choi" detido pelo CCAC tem cerca de 40 anos de idade, é guarda prisional de 1.ª classe e trabalha no Estabelecimento Prisional de Macau há mais de 17 anos. O outro indivíduo detido é de apelido "Leong", tem 20 e tal anos e é recluso libertado. O CCAC, após um longo período de investigação, suspeita que há guardas prisionais que frequentemente levam objectos proibidos, tais como telemóveis, para reclusos no EPM, recebendo vantagem pecuniária como contrapartida, e que um recluso prentendia corromper um guarda prisional com 10 mil patacas, para que este lhe entregasse objectos proibidos, incluindo um telemóvel, num destes dias.
Hoje de manhã, pelas 11 horas, um recluso já libertado de apelido "Leong" entregou 10 mil patacas, juntamente com um telemóvel, várias baterias, "prepaid cards" e "memory cards" com filmes pornográficos, ao referido guarda prisional de apelido "Choi", no silo do Edifício "Lok Ieong" na Zona de Fai Chi Kei. Em seguida, o guarda prisonal em causa dirigiu-se ao EPM para trabalhar.
O CCAC interveio imediatamente. Os dois indíviduos foram detidos e conduzidos para o CCAC. Nesta operação, foram encontrados as 10 mil patacas relaccionadas com o caso, um telemóvel 3G de modelo recente, várias baterias, "prepaid cards" e "memory cards" com filmes pornográficos. Foram ainda encontrados no corpo do guarda prisional e na casa dele vários telemóveis, um dos quais se destinava ao contacto com os reclusos. Os restantes telemóveis serão objectos de uma investigação mais profunda para saber se tem qualquer ligação com outros crimes.
Crê-se que a recompensa de 10 mil patacas será o motivo que leva funcionários públicos a arriscar-se.
Durante a investigação, há quem confessou a prática de corrupção activa e passiva e há quem confessou que tinha levado objectos proibidos para dentro do EPM mediante contrapartida pecuniária, por ter contraído empréstimos com agiotas e, assim, as suas despesas mensais ser o dobro do seu salário.